quinta-feira, 21 de julho de 2016

Veja a seguir, As Nove Pequenas Coisas que os Pais, Avós, Professores e outros parentes dispostos a ajudar, podem fazer para auxiliar uma Criança a se alfabetizar, e depois, a tomar gosto pela leitura.


1. Leia em Voz Alta para seu filho diariamente. Do nascimento até os seis meses, ele provavelmente não vai entender nada do que você está lendo, mas não se preocupe com isso. A ideia é que ele fique familiarizado com o som de sua voz e se acostume a ver e a tocar em Livros.
2. Para começar use Livros Ilustrados e sem textos ou com poucas palavras. Aponte para as cores e figuras e diga seus nomes. Livros simples podem ensinar para criança coisas que mais tarde irão ajudá-la no desenvolvimento da leitura.
Por exemplo, ela aprenderá sobre a estrutura da linguagem, isto é, que existem espaços entre as palavras, e que a escrita vai da esquerda para a direita.
3. Conte Histórias. Encoraje sua criança a fazer perguntas e a falar sobre a história que acabou de ouvir. Pergunte-lhe se pode adivinhar o que vai acontecer em seguida com os personagens ou situações da trama, conforme for contando a história. Aponte para as coisas no livro que ela seja capaz associar com o seu dia a dia."Veja este desenho do avião. Você lembra do avião que vimos outro dia?"
4. Procure por Programas de Leitura. Se você não for um bom leitor, programas voluntários ou governamentais, na sua comunidade ou cidade, voltados para o desenvolvimento da leitura, lhe darão a oportunidade de melhorar sua própria leitura ou então ler para seu filho. Amigos e parentes podem também ler para seu filho, e também pessoas voluntárias que na maioria dos centros comunitários ou outras instituições estão disponíveis e gostam de fazer isso.
5. Compre um Dicionário Infantil. Procure por um que tenha figuras ao lado das palavras. Então comece a desenvolver o hábito de, brincando com a criança, provocá-la dizendo frases tais como:"Vamos descobrir o que isto significa?"
6. Faça com que Materiais de Escrever, tais como, lápis, giz de cera, lápis coloridos, canetas, etc, estejam sempre disponíveis e a vista de todos.
7. Procure assistir programas Educativos na TV e Vídeo. Programas infantis onde a criança possa se divertir, aprender o alfabeto e os sons de cada letra.
8. Visite com frequencia uma Biblioteca. Comece fazendo visitas semanais à biblioteca ou livraria quando seu filho for ainda muito pequeno. Se possível cuide para que ele tenha seu próprio cartão de acesso e empréstimo de livros. Muitas bibliotecas permitem que a criança tenha seu próprio cartão personalizado com seu nome impresso, exigindo apenas que um adulto seja o responsável e assine por ela.
9. Leia você mesmo. O que você faz serve de exemplo para o seu filho.
________________________________________

Ficha Esquema




A Ficha esquema é um instrumento fantástico no auxilio do processo de alfabetização. É baseada no método Paulo Freire de palavras geradoras, dentro de um contexto, do universo da criança.


O QUE É FILOSOFIA



A filosofia trata da realidade não a partir de recortes, mas do ponto de vista da totalidade. A visão da filosofia é de conjunto, de entendimento do problema, não de modo parcial mas relacionando cada aspecto observado outros do contexto em que está inserido (CUNHA,1992).

A Filosofia não faz juízos de realidade, como a ciência, mas juízos de valor. Isto significa que filosofar é ir além do que é, é buscar entender como deveria ser, julgar o valor da ação, ir em busca do significado. Filosofia propriamente surge quando um pensar torna-se objeto de uma reflexão (CUNHA,1992). Podemos então conceituar a filosofia como uma reflexão sobre os problemas que a realidade apresenta:

“a filosofia não é, de modo algum, uma simples abstração independente da vida. Ao contrário ela é a própria manifestação humana e sua mais alta expressão(...) A filosofia traduz o sentir, o pensar e o agir do homem. Evidentemente, o homem não se alimenta da filosofia, mas sem dúvida nenhuma, com a ajuda da filosofia” (BRANGATTI,1993)

Este ramo do conhecimento que pode ser caracterizado de três modos: seja pelos conteúdos ou temas tratados, seja pela função que exerce na cultura, seja pela forma como trata tais temas. Com relação aos conteúdos, contemporaneamente, a Filosofia trata de conceitos como o bem, beleza, justiça, verdade. Mas, nem sempre a Filosofia tratou de temas selecionados, como os indicados acima. Inicialmente, na Grécia, a Filosofia tratava de todosos temas, já que até o séc. XIX não havia uma separação entre ciência e filosofia, incorporava todo o saber. No entanto, a Filosofia inaugurou um modo novo de tratamento dos temas a que passa a se dedicar, determinando uma mudança na forma de conhecimento do mundo até então vigente (ARANHA,1996).

A filosofia em sua trajetória histórica procura resposta as questões percebidas e a cada época são respondidas a partir de diferentes reflexões que constituem correntes ou escolas de pensamentos. Platão (427-347a.C) e Aristóteles (384-322 a.C) deram à filosofia uma de suas melhores definições. Eles viram a filosofia como um discurso admirado e espantado com o mundo. A filosofia faz, na concepção tradicional que aparece em Platão e Aristóteles, ou seja , põe certas perguntas que nos obrigam a olhar o banal como não mais banal.

A filosofia, então, é o vocabulário com o qual desbanalizamos o banal. Tudo com o qual estamos acostumados torna-se motivo para uma suspeita, tudo que é corriqueiro fica sob o crivo de uma sentença indignada, e então deixamos de nos aceitar como acostumados com as coisas que até então estávamos acostumados. A maioria das definições de filosofia são razoavelmente controversas, em particular quando são interessantes ou profundas. Esta situação deve-se em parte ao fato de a filosofia ter alterado de forma radical o seu âmbito no decurso da história e de muitas das investigações nela originalmente incluídas terem sido mais tarde excluídas (ARANHA, 1996).

Uma definição é que a filosofia consiste em pensar sobre o pensamento. Isto permite-nos sublinhar o caráter de segunda ordem da disciplina e tratá-la como uma reflexão sobre gêneros particulares de pensamento — formação de crenças e de conhecimento — sobre o mundo ou porções significativas do mundo (ARANHA,1996). Uma definição mais pormenorizada, mas ainda assim incontroversa e abrangente, é que a filosofia consiste em pensar racional e criticamente, de modo mais ou menos sistemático sobre a natureza do mundo em geral (metafísica ou teoria da existência), a justificação de crenças (epistemologia ou teoria do conhecimento), e a conduta de vida a adaptar (ética ou teoria dos valores). Cada um dos três elementos listados possui uma contraparte não filosófica, da qual se distingue pelo seu modo de proceder explicitamente racional e crítico e pela sua natureza sistemática. Todos nós temos uma concepção geral sobre a natureza do mundo em que vivemos e do lugar que nele ocupamos. A metafísica interroga-se sobre os pressupostos que sustentam acriticamente estas concepções recorrendo a um conjunto organizado de crenças (ARANHA, 1996).

Conforme Chauí (1985),”ocasionalmente, duvidamos e questionamos crenças, não só as nossas como as alheias, e fazemos com mais ou menos sucesso sem possuirmos uma teoria acerca do que fazemos”. Também orientamos as ações com vista a objetivos e fins que valorizamos. A ética, ou filosofia moral, no sentido mais inclusivo, pretende articular, de uma forma racional e sistemática, as regras ou princípios subjacentes. (Na prática, a ética tem-se restringido aos aspectos morais da conduta e, em geral, tem tendência para ignorar a maioria das ações que praticamos em virtude de critérios de eficiência ou prudência, como se fossem demasiado básicos para justificarem um exame racional).

Os primeiros filósofos reconhecidos, os pré-socráticos, eram sobretudo metafísicos preocupados em estabelecer as características essenciais da natureza no seu todo. Platão e Aristóteles escreveram penetrantemente sobre metafísica e ética; Platão sobre o conhecimento; Aristóteles sobre lógica (dedutiva), a técnica mais rigorosa para justificar crenças; estabeleceu as suas regras de uma forma sistemática e manteve intacta a sua autoridade durante mais de 2000 anos.

Na Idade Média, ao serviço do cristianismo, a filosofia apoiou-se primeiramente na metafísica de Platão, e em seguida na de Aristóteles, com o propósito de defender crenças religiosas. No Renascimento, a liberdade de especulação metafísica ressurgiu; na sua fase tardia, com Bacon e, de um modo mais influente com Descartes e Locke, dirigiu-se para a epistemologia com o objetivo de ratificar e, tanto quanto possível, acomodar a religião e os novos desenvolvimentos das ciências naturais ( CUNHA,1992).

Boa parte da filosofia volta-se mais para o modo pelo qual conhecemos as coisas do que propriamente para as coisas que conhecemos, sendo essa uma segunda razão pela qual a filosofia parece carecer de conteúdo. No entanto, discussões a respeito de um critério definitivo de verdade podem determinar, na medida em que recomendam a aplicação de um dado critério, quais as proposições que na prática deliberamos serem verdadeiras. As discussões filosóficas da teoria do conhecimento têm exercido, ainda que de modo indireto, importante efeito sobre as ciências (CUNHA,1992).

Diferentes partes da filosofia, e diferentes elementos que compõem nossa visão de mundo, deveriam integrar-se. Sendo assim, conceitos à primeira vista muito distanciados podem vir a afetar de modo vital outros conceitos que envolvem mais de perto a vida diária. A filosofia merece ser valorizada por si própria, e não por seus efeitos indiretos de ordem prática. E a melhor maneira de assegurarmos esses bons efeitos práticos é nos dedicarmos em encontrar a verdade, buscando-la desinteressadamente.