quarta-feira, 15 de abril de 2015

O desenho e o desenvolvimento das crianças Os rabiscos ganham complexidade conforme os pequenos crescem e, ao mesmo tempo, impulsionam seu desenvolvimento cognitivo e expressivo

Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação - ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando, por exemplo. "Com a exploração de movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação para desenhar", explica Mirian Celeste Martins, especialista no ensino de arte e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir. Os rabiscos realizados pelos menores, denominados garatujas, tiveram o sentido ampliado sob o olhar da pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, que observou regularidades nessas produções abstratas (veja no topo da página o desenho de Joana, 3 anos, e sua explicação). Observando cerca de 300 mil produções, ela analisou principalmente a forma dos traçados (rabiscos básicos) e a maneira de ocupar o espaço do papel (modelos de implantação) até a entrada da criança no desenho figurativo, o que ocorre por volta dos 4 anos. No período de produção de garatujas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar o marcador com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem valor indiscutível na opinião de Rhoda: "Para ela 'ver é crer' e o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre sua própria ação gráfica", ressalta Rosa Iavelberg, especialista em desenho e docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), no livro O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores. Esse aprendizado durante a ação é frisado pela artista plástica e estudiosa Edith Derdyk: "O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz". De início, a criança desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha. Com o tempo, a criança busca registrar as coisas do mundo Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia. "Quando a criança veste uma roupa da mãe, admite-se que ela esteja procurando entender o papel da mulher", explica Maria Lúcia Batezat, especialista em Artes Visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). "No desenho, ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visualidade e a motricidade." Esse processo caracteriza o desenhar como um jogo simbólico (veja abaixo o comentário de Yolanda, 5 anos, sobre seu desenho). Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) "Esse aqui não é um coelho. Não me diga que é um coelho porque é um boi bebê. Eu estou fazendo uma galinha que foi botar ovo no mato. Quer dizer, uma menina que foi pegar plantas no mato para dar ao marido." Yolanda, 5 anos Muitos autores se debruçaram sobre as produções gráficas infantis, analisando e organizando-as em fases ou momentos conceituais. Embora trabalhem com concepções diferentes e tenham chegado a classificações diversas, é possível estabelecer pontos em comum entre as evolutivas que estabelecem. Pesquisadores como Georges-Henri Luquet (1876-1965), Viktor Lowenfeld (1903-1960) e Florence de Mèridieu oferecem elementos para a compreensão dos desenhos figurativos das crianças, destacando algumas regularidades nas representações dos objetos. Desenhar é uma forma de a criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam. Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois, essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios colegas. Uma das primeiras pesquisas dos pequenos, assim que entram na figuração, é a relação topológica entre os objetos, como a proximidade e a distância entre eles, a continuidade e a descontinuidade e assim por diante. Em seguida, eles se interessam em registrar tudo o que sabem sobre o modelo ao qual se referem no desenho, e é possível verificar o uso de recursos como a transparência (o bebê visível dentro da barriga mãe, por exemplo) e o rebatimento (a figura vista, ao mesmo tempo, por mais de um ponto de vista). Assim, a criança se aproxima das noções iniciais de perspectiva e escala, estruturando o desenho em uma cena, sem misturar na mesma produção elementos de diferentes contextos (veja abaixo a produção de Anita, 5 anos, que detém essas características). Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) "Vou desenhar a minha casa. Aqui é o portão e tem uma janela aqui." Anita, 5 anos "Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter "Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura? Entre os principais estudiosos, há uma cizânia. Há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg. Detalhes da figura humana, noções de perspectiva e realismo visual são elementos da evolução do desenho. Essa perspectiva não admite o empobrecimento do desenho infantil, mas entende que a criança reconhece a forma de representar graficamente sua cultura e deseja aprendê-la. Assim, cai por terra o mito de que ela se afasta dessa prática quando se alfabetiza. "O desenho é uma forma de linguagem que tem seus próprios códigos", diz Mirian Celeste Martins. "Para se aproximar do que ele expressa, é preciso fazer uma escuta atenta enquanto ele é produzido." Para Mirian, a relação entre a aquisição da escrita e a diminuição do desenho ocorre porque a escola dá pouco espaço a este quando a criança se alfabetiza - algo a ser repensado em defesa de nossos desenhistas. * Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças de 3 a 5 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) http://revistaescola.abril.com.br/formacao/rabiscos-ideias-desenho-infantil-garatujas-evolucao-cognicao-expressao-realidade-518754.shtml
Toda criança desenha. Pode ser com lápis e papel ou com caco de tijolo na parede. Agir com um riscador sobre um suporte é algo que ela aprende por imitação - ao ver os adultos escrevendo ou os irmãos desenhando, por exemplo. "Com a exploração de movimentos em papéis variados, ela adquire coordenação para desenhar", explica Mirian Celeste Martins, especialista no ensino de arte e professora da Universidade Presbiteriana Mackenzie. A primeira relação da meninada com o desenho se dá, de fato, pelo movimento: o prazer de produzir um traço sobre o papel faz agir. Os rabiscos realizados pelos menores, denominados garatujas, tiveram o sentido ampliado sob o olhar da pesquisadora norte-americana Rhoda Kellogg, que observou regularidades nessas produções abstratas (veja no topo da página o desenho de Joana, 3 anos, e sua explicação). Observando cerca de 300 mil produções, ela analisou principalmente a forma dos traçados (rabiscos básicos) e a maneira de ocupar o espaço do papel (modelos de implantação) até a entrada da criança no desenho figurativo, o que ocorre por volta dos 4 anos. No período de produção de garatujas, ocorre uma importante exploração de suportes e instrumentos. A criança experimenta, por exemplo, desenhar nas paredes ou no chão e se interessa pelo efeito de diferentes materiais e formas de manipulá-los, como pressionar o marcador com força e fazer pontinhos. Essa atitude de experimentação tem valor indiscutível na opinião de Rhoda: "Para ela 'ver é crer' e o desenho se desenvolve com base nas observações que a criança realiza sobre sua própria ação gráfica", ressalta Rosa Iavelberg, especialista em desenho e docente da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), no livro O Desenho Cultivado da Criança: Práticas e Formação de Educadores. Esse aprendizado durante a ação é frisado pela artista plástica e estudiosa Edith Derdyk: "O desenho se torna mais expressivo quando existe uma conjunção afinada entre mão, gesto e instrumento, de maneira que, ao desenhar, o pensamento se faz". De início, a criança desenha pelo prazer de riscar sobre o papel e pesquisa formas de ocupar a folha. Com o tempo, a criança busca registrar as coisas do mundo Uma das principais funções do desenho no desenvolvimento infantil é a possibilidade que oferece de representação da realidade. Trazer os objetos vistos no mundo para o papel é uma forma de lidar com os elementos do dia a dia. "Quando a criança veste uma roupa da mãe, admite-se que ela esteja procurando entender o papel da mulher", explica Maria Lúcia Batezat, especialista em Artes Visuais da Universidade Estadual de Santa Catarina (Udesc). "No desenho, ocorre a mesma coisa. A diferença é que ela não usa o corpo, mas a visualidade e a motricidade." Esse processo caracteriza o desenhar como um jogo simbólico (veja abaixo o comentário de Yolanda, 5 anos, sobre seu desenho). Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) "Esse aqui não é um coelho. Não me diga que é um coelho porque é um boi bebê. Eu estou fazendo uma galinha que foi botar ovo no mato. Quer dizer, uma menina que foi pegar plantas no mato para dar ao marido." Yolanda, 5 anos Muitos autores se debruçaram sobre as produções gráficas infantis, analisando e organizando-as em fases ou momentos conceituais. Embora trabalhem com concepções diferentes e tenham chegado a classificações diversas, é possível estabelecer pontos em comum entre as evolutivas que estabelecem. Pesquisadores como Georges-Henri Luquet (1876-1965), Viktor Lowenfeld (1903-1960) e Florence de Mèridieu oferecem elementos para a compreensão dos desenhos figurativos das crianças, destacando algumas regularidades nas representações dos objetos. Desenhar é uma forma de a criança lidar com a realidade que a cerca, representando situações que lhe interessam. Mais cedo ou mais tarde, todos os pequenos se interessam em registrar no papel algo que seja reconhecido pelos outros. No começo, é comum observar o que se convencionou chamar de boneco girino, uma primeira figura humana constituída por um círculo de onde sai um traço representando o tronco, dois riscos para os braços e outros dois para as pernas. Depois, essa figura incorpora cada vez mais detalhes, conforme a criança refine seu esquema corporal e ganhe repertório imagético ao ver desenhos de sua cultura e dos próprios colegas. Uma das primeiras pesquisas dos pequenos, assim que entram na figuração, é a relação topológica entre os objetos, como a proximidade e a distância entre eles, a continuidade e a descontinuidade e assim por diante. Em seguida, eles se interessam em registrar tudo o que sabem sobre o modelo ao qual se referem no desenho, e é possível verificar o uso de recursos como a transparência (o bebê visível dentro da barriga mãe, por exemplo) e o rebatimento (a figura vista, ao mesmo tempo, por mais de um ponto de vista). Assim, a criança se aproxima das noções iniciais de perspectiva e escala, estruturando o desenho em uma cena, sem misturar na mesma produção elementos de diferentes contextos (veja abaixo a produção de Anita, 5 anos, que detém essas características). Reprodução/Agradecimento Creche Central da Universidade de São Paulo (USP) "Vou desenhar a minha casa. Aqui é o portão e tem uma janela aqui." Anita, 5 anos "Dá para ver a sua mãe dentro de casa?" Repórter "Não, porque a porta parece um espelho. Só daria se a janela estivesse aberta." Anita O desenho é espontâneo ou é fruto da cultura? Entre os principais estudiosos, há uma cizânia. Há os que defendem que o desenho é espontâneo e o contato com a cultura visual empobrece as produções, até que a criança se convence de que não sabe desenhar e para de fazê-lo. E há aqueles que depositam justamente no seu repertório visual o desenvolvimento do desenho. Nas discussões atuais, domina a segunda posição. "A única coisa que sabemos ser universal no desenho infantil é a garatuja. Todo o resto depende do contexto cultural", diz Rosa Iavelberg. Detalhes da figura humana, noções de perspectiva e realismo visual são elementos da evolução do desenho. Essa perspectiva não admite o empobrecimento do desenho infantil, mas entende que a criança reconhece a forma de representar graficamente sua cultura e deseja aprendê-la. Assim, cai por terra o mito de que ela se afasta dessa prática quando se alfabetiza. "O desenho é uma forma de linguagem que tem seus próprios códigos", diz Mirian Celeste Martins. "Para se aproximar do que ele expressa, é preciso fazer uma escuta atenta enquanto ele é produzido." Para Mirian, a relação entre a aquisição da escrita e a diminuição do desenho ocorre porque a escola dá pouco espaço a este quando a criança se alfabetiza - algo a ser repensado em defesa de nossos desenhistas. * Os desenhos e os diálogos publicados nesta reportagem são de crianças de 3 a 5 anos da Creche Central da Universidade de São Paulo (USP)

ATIVIDADE : BERÇÁRIO DE 9 A 12 MESES

O SAPO NÃO LAVA O PÉ • Os bebês gostam da música e ritmo. Quando ainda estão na barriga da mãe, sentem o ritmo do coração e ouvem os sons do sangue movendo-se pelo corpo. • Pegue duas baquetas (ou duas colheres de pau) e bata uma na outra ao cantar "o sapo não lava o pé". • Use as baquetas delicadamente e aumete o tom de vóz e das batidas ao chegar à palavra final de cada verso. Logo o bebê vai começar a esperar pelo som mais alto. • ajude seus bebê a segurar as baquetas. Cante a música enquanto ele está com as baquetas na mão: O sapo não lava o PÉ Nçao lava po que não QUER Ela mora lá na LAGOA Não lava o pé porque não QUER Mas que CHULÉ O QUE DIZ A PESQUISA CEREBRAL Expor o bebê á música "ativa" circuitos nervosos no cérebro. Olha o que eu estou vendo! De 03 a 06 meses • Os bebês adoram olhar para os rostos e brinquedos interessantes. • Pegue vários brinquedos coloridos e, um de cada vez, mova-os lentamente para a frente e para trás diante do bebê para estimular a sua visão. • Essa é também a época em que os bebês descobrem as mãos. Olham e olham e finalmente descobrem que podem fazê-las aparecer e desaparecer. • Pegue as mãos de seu bebê bata palminhas delicadamente em frente de seu rosto. Ao fazer isso, diga os seguintes versos: Bate, palminhas, bate, Mãozinhas juntas assim, Põe no rosto da mamãe E bate outra vez assim (ou substitua pelo nome da pessoa que está com o bebê). O QUE DIZ A PESQUISA CEREBRAL: Exercitar as faculdades visuais é essencial durante os primeiros seis meses de vida. Enrola, enrola Atividade para berçário de 9 a 12 meses • Mostre ao bebê como fechar os punhos. • Depois pegue os punhos do bebê e faça-os girar em um em torno do outro. • Enquanto faz esse movimento, cante para ele: Enrola, enrola, Devagarinho (gire os pulsos do bebê lentalmente) Enrola, enrola, Depois rapidinho (aumente a velocidade) • Termine com um abraço e um beijo. O QUE DIZ A PESQUISA CEREBRAL Um vínculo forte e seguro da criança com o adulto que cuida dela tem uma função biológica de proteção, ajudando-a a suportar as tensões da vida cotidiana. Caixa surpresa ATIVIDADE : BERÇÁRIO DE 9 A 12 MESES • Essa brincadeira ajuda a reforçar a idéia de que as surpresas podem ser divertidas. • Feche as mãos com o polegar escondido. • Ao dizer as palavras, "Vai, sim", mostre os polegares com um movimento rápido: Caixinha de surpresas, Não vai abrir? Vai , sim! • Ajude o bebê a fechar as mãos e mostre-lhe como liberar os polegares. • Pode-se fazer também a brincadeira agaxando-se e pulando de repente. O QUE DIZ A PESQUISA CEREBRAL Blocos, desenhos e fazer de conta são coisas que ajudam as crianças a desenvolver a curiosidade, a linguagem, a capacidade de resolver problemas relaciocínio matemático. http://partilhandoideiasideais.blogspot.com.br/2011/05/modelo-de-ficha-de-analise.html

domingo, 12 de abril de 2015

11 Hábitos cotidianos que danificam o cérebro

Você não sabe o que está acontecendo: se sente cansando, não pode se concentrar, se esquece das coisas, mas o mais estranho é somente acontece quando você realiza determinadas ações como levantar cedo e não comer nada até a tarde ou se estressar muito no trabalho. O problema é que você está se esquecendo de cuidar de uma parte essencial de seu organismo: o cérebro. Tudo o que fazemos influencia em nosso corpo de certa maneira e certas atividades impedem o funcionamento normal do cérebro e inclusive danificam sua estrutura. Agora imagina se você repete estas ações diariamente por anos e anos, entende a gravidade? Seus próprios hábitos estão matando seu cérebro! Mas, não se preocupe, ainda há tempo, mudando seu estilo de vida você pode garantir sua saúde cerebral e corporal. Neste artigo comentaremos sobre estes terríveis hábitos cotidianos que danificam o cérebro. Meu cérebro e eu Nosso cérebro é um órgão extremamente complexo e delicado que intervém de maneira direta ou indireta em todos os processos corporais: regula funções homeostáticas como as batidas do coração, o balanço dos fluídos, a pressão sanguínea, o equilíbrio hormonal e a temperatura corporal e é responsável pelo movimento, a cognição, o aprendizado, a memória e as emoções humanas. Não é de se estranhar então que o estilo de vida que levamos possa influenciar de forma notável no correto funcionamento do cérebro e, portanto, em nossa saúde em geral. De acordo com numerosos estudos científicos a maneira que levamos nossa vida pode danificar a curto ou em longo prazo as células cerebrais, e logo, as funções que realizam, implicando no desenvolvimento de doenças degenerativas e muitas outras afecções. Por outro lado, realizar atividades positivas como uma alimentação balanceada e atividade física ativa nosso cérebro e o torna saudável. Então, vamos por mãos a obra e conhecer quais são os 11 hábitos cotidianos que danificam o cérebro. 11 hábitos cotidianos que danificam o cérebro 1. Não tomar o café da manhã O café da manhã é a refeição mais importante do dia, já que influencia notavelmente no nosso rendimento, resistência e situação emocional. Durante as primeiras horas do dia nosso cérebro precisa de nutrientes para continuar “dirigindo” os processos fisiológicos logo depois do longo jejum na qual foi submetido. Se não damos o que o cérebro necessita ele utilizará as reservas e terá que fazer um esforço excessivo para manter seu correto funcionamento. A ausência desta refeição pode ocasionar grande alteração, perda da concentração e memória, mau humor e baixo rendimento físico e intelectual. Tome o café da manhã de forma substanciosa e saudável. 2. Fumar O terrível hábito de fumar reduz consideravelmente a massa encefálica assim como o fornecimento de oxigênio para o cérebro e foi comprovado que favorece a aparição de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer. Por outro lado, as aminas heterocíclicas liberadas durante a combustão de um cigarro interferem na correta replicação do DNA dando lugar a mutações que provocam a formação de células cancerígenas. 3. Consumo elevado de açúcares O predomínio de açúcares refinados, farinhas brancas, alimentos fritos e embutidos em nossa dieta, enquanto carece de quantidades suficientes de vegetais, frutas e fibras, favorece a acumulação de substâncias nocivas em nosso corpo, favorece o desenvolvimento de tumores, entorpece o funcionamento do sistema imune, causa má nutrição e interfere no desenvolvimento neurológico. 4. Exposição constante a ambientes contaminados O cérebro precisa de um constante fornecimento de oxigênio, mas diversas substâncias tóxicas podem interferir com a troca de gases, o transporte e o processo de incorporação do oxigênio nas células, dando lugar à redução da eficiência cerebral. 5. Dormir pouco Precisamos dormir 8 horas diárias para que nosso cérebro descanse, para que os processos metabólicos com a conseguinte obtenção de energia sejam realizados adequadamente, assim como a renovação celular. Privar-se de sono acelera a morte das células cerebrais em curto prazo e nos mantém cansados e de mau humor todo o dia. 6. Comer em excesso Ingerir alimentos que nosso corpo não necessita provoca a acumulação das substâncias extras em forma de gordura e no endurecimento das artérias cerebrais o que intervém no correto desempenho do cérebro. 7. Álcool Alcoholismo O álcool pode causar estragos em todos os órgãos, principalmente no sistema nervoso, no fígado e no coração. Ele interfere nas reações químicas que ocorrem no cérebro. Além disso, o alcoolismo provoca morte de neurônios e reduz a velocidade de transmissão dos impulsos nervosos entre eles. 8. Reações violentas ou estresse prematuro O estresse provoca múltiplas reações em nosso sistema nervoso, algumas delas causam uma redução na capacidade mental, além de aumentar o risco de sofrer derrames cerebrais e infartos. 9. Cobrir a cabeça enquanto dorme Dormir com a cabeça coberta aumenta a concentração de gás carbônico e reduz a de oxigênio, o que pode ocasionar efeitos danosos no cérebro. 10. Forçar o cérebro durante uma doença Trabalhar muito ou estudar em excesso estando doente é ruim, dado que a energia de seu corpo está desviada para curar. Forçar o cérebro durante esta etapa pode ocasionar uma redução de sua eficácia, além de debilitar ainda mais seu sistema imunológico facilitando a aparição das mais variadas doenças. 11. Falta de estímulos e exercícios mentais Nada como pensar, ter conversas inteligentes, ler um livro ou fazer palavras-cruzadas para estimular nosso cérebro: aumenta a capacidade de aprendizado e a memória, assim como a velocidade de reação ante estímulos. Um conselho final Cuide de seu cérebro adotando um estilo de vida saudável: Coma adequadamente incorporando deliciosas frutas e vegetais que estimularão a atividade cerebral. Também é recomendável a ingestão de peixes ricos em ômega-3, gordura que favorece a comunicação entre os neurônios. Tomar três ou quatro xícaras de chá ou xícaras de café por dia melhorará sua memória em curto e longo prazo e reduzirá o risco de sofrer com o Alzheimer e Parkinson. Realize exercícios físicos habitualmente. Evite as drogas, o tabaco e o álcool. Durma o necessário. Tenha sempre pensamentos positivos.

Como identificar sinais de autismo. Quanto mais cedo o diagnóstico, melhor para estimular o desenvolvimento da criança

Quinta-feira, dia 2 de abril, foi comemorado o Dia mundial da Conscientização pelo Autismo, que foi definido pela ONU, desde 2008, pedindo mais atenção ao transtorno do espectro autista (nome “oficial” do autismo), cuja incidência em crianças é mais comum e maior do que a soma dos casos de aids, câncer e diabetes juntos. O termo autismo vem do grego “autós”, que significa “de si mesmo”. Não se conhece a causa exata do autismo, tampouco existe cura, e é definido como uma síndrome comportamental de base neurobiológica, caracterizada por dificuldades de interação social e de comunicação e por padrões restritos de comportamento. Para identificar se seu filho tem essa disfunção, fique atento ao seu comportamento e procure um especialista caso suspeite de algo. Observe a lista abaixo com exemplos do que pode acontecer ou não com um bebê ou uma criança autista. • A criança não se reconhece pelo nome. • A criança prefere ficar sozinha. Quando deixada deitada no berço ela não reclama, parece preferir o berço. • A criança não fala, não olha e mostra certa apatia. Tem uma fisionomia pouco expressiva e não interage com outras crianças. • Crianças sem autismo geralmente imitam os adultos e querem todas as atenções voltadas para ela, já as crianças com sinais de autismo não acompanham os acontecimentos a sua volta. • Quando a mãe sai para trabalhar ou volta do trabalho, a criança não mostra interesse por ela. • Crianças de cerca de um ano com autismo vão de colo em colo e não estranham as pessoas, como seria esperado de uma criança nesta idade. • Durante a amamentação, a criança com autismo não interage com a mãe. • Os autistas muitas vezes separam os objetos por cor, tamanho, etc. mantendo comportamentos repetitivos e sem finalidade aparente. • A criança fica horas fazendo o mesmo movimento, com o mesmo objeto. No início pode parecer apenas ser uma criança tranquila, mas isso pode ser um dos sinais da doença. Um dos movimentos mais comuns é ficar rodando um objeto. • A criança pode apresentar movimentos corporais repetidos, como movimentos de balanço, às vezes, até de forma violenta. • A criança utiliza as pessoas como instrumento. Pega na mão do adulto e o leva até o lugar onde quer que ele faça algo que ela deseja, ao invés de pedir o que quer na forma de uma solicitação verbal. O diagnóstico precoce e a implantação correta dos tratamentos resultarão em significativa melhoria no desenvolvimento infantil e na qualidade de vida da criança e de seus familiares. Os pais podem auxiliar e estimular a criança com autismo, primeiro aceitando as limitações do seu filho, elogiando as conquistas e comportamentos adequados, comparando ele com ele mesmo, proporcionar momentos com outras crianças para compartilhar os brinquedos, ajudar na comunicação, colocar a criança numa escola, pois a escolarização pode trazer benefícios, como a possibilidade de vivenciar situações sociais e ganhar independência, dentre outros. PAULA NADDAF é cooordenadora pedagógica e fundadora do projeto Clube das Mamys